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Resultado AES Brasil (AESB3) no 3T24

A AES Brasil (AESB3) reportou um prejuízo líquido de R$ 73,6 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), revertendo o lucro de R$ 124,4 milhões registrado no mesmo período de 2023. Esse resultado é consequência de uma combinação de fatores adversos, incluindo aumento nos custos de energia e impactos climáticos sobre sua matriz hidrelétrica, eólicos e solar.

Principais destaques do 3T24:

Receita Líquida: Crescimento de 21,3% em relação ao 3T23, alcançando R$ 1.102,4 milhões. Esse aumento foi impulsionado pela entrada em operação de novos ativos eólicos, embora o aumento de custos tenha reduzido as margens .

Custo com Energia: Subiu 67,3% em comparação ao 3T23, chegando a R$ 537,0 milhões, refletindo maiores despesas com compra de energia para compensar a menor geração hídrica em um período de afluência inferior à média histórica .

Geração Eólica: A geração bruta aumentou 25,6%, alcançando 1.774,1 GWh, devido ao início das operações dos complexos Tucano e Cajuína. No entanto, o “curtailment” (restrições operacionais) intensificado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS) resultou em perdas de energia, afetando diretamente o potencial de geração e as receitas .

EBITDA e Margem EBITDA: O EBITDA ajustado foi de R$ 377,8 milhões, uma queda de 10,5% em relação ao 3T23. A margem EBITDA ajustada caiu de 46,4% no 3T23 para 34,3% no 3T24, impactada pelo aumento nos custos de energia e limitações operacionais .

Endividamento: A dívida bruta consolidada subiu 4,3%, alcançando R$ 12,4 bilhões, refletindo a estratégia de financiamento para expansão e manutenção de ativos, especialmente nas áreas eólicas e solares. A dívida líquida foi de R$ 9,6 bilhões, um aumento de 9,9% comparado ao 3T23 .

Esses resultados indicam que a AES Brasil está enfrentando desafios significativos para manter a rentabilidade em meio a custos de energia crescentes e limitações na capacidade de geração de sua matriz renovável.

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