Resultado Banco do Brasil (BBAS) no 3T24
No terceiro trimestre de 2024 (3T24), o Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões, um aumento de 8,3% em relação ao 3T23. Esse desempenho reflete o crescimento da margem financeira bruta e das receitas com prestação de serviços, além do controle das despesas administrativas. O retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL) foi de 21,1%.
Destaques do 3T24 comparados ao 3T23:
• Margem Financeira Bruta (MFB): Totalizou R$ 25,9 bilhões, alta de 9,3%. O resultado foi impulsionado pelo aumento de 2,9% nas receitas de operações de crédito, compensando a redução de 16,8% no resultado de tesouraria.
• Receitas de Prestação de Serviços: Somaram R$ 9,1 bilhões, crescendo 4,9%, com destaque para as linhas de administração de fundos (+5,1%) e seguros, previdência e capitalização (+6,9%).
• Carteira de Crédito Ampliada: Atingiu R$ 1,2 trilhão, avanço de 13,0%. A carteira Agro destacou-se com alta de 13,7%, enquanto o crédito para pessoas físicas cresceu 7,9%.
• Despesas Administrativas: Totalizaram R$ 9,4 bilhões, aumento de 5,0%. Apesar disso, o índice de eficiência do banco atingiu 25,4%, seu menor patamar histórico, refletindo o controle de custos e geração consistente de receitas.
• Provisão para Perdas com Crédito (PCLD) Ampliada: Cresceu 34,2%, totalizando R$ 10,1 bilhões, impactada pela maior inadimplência no segmento Agro e por perdas em grandes empresas.
A inadimplência mais alta, medida pelo índice INAD+90 dias, que subiu para 3,33% no 3T24, foi impulsionada principalmente pela elevação no segmento Agro, em razão das adversidades climáticas que afetaram produtores rurais. A seca em algumas regiões e o excesso de chuvas em outras prejudicaram a safra, comprometendo a capacidade de pagamento dos clientes do agronegócio.
Além disso, a cobertura para crédito vencido permaneceu robusta, em 177,6%. A Margem Financeira Bruta continuou crescendo, suportada por uma maior participação de depósitos de poupança e judiciais no mix de funding.
O Banco do Brasil demonstra resiliência operacional ao expandir a carteira de crédito e sustentar alta lucratividade em um cenário desafiador. A instituição mantém projeções positivas para 2024, incluindo crescimento da margem financeira e expansão das operações de crédito, especialmente no agronegócio e em investimentos empresariais, apesar dos desafios pontuais causados pelas condições climáticas adversas.