Resultado Cosan (CSAN3) no 3T24
No terceiro trimestre de 2024 (3T24), a Cosan S.A. (CSAN3) registrou lucro líquido de R$ 293 milhões, uma redução de 57% em relação ao 3T23 (R$ 679 milhões). Essa queda foi atribuída à menor contribuição de equivalência patrimonial, especialmente pela Compass e Moove, além da ausência de dividendos da Vale, que haviam beneficiado o resultado do ano anterior.
Destaques do 3T24 em comparação ao 3T23:
• EBITDA Sob Gestão: Totalizou R$ 8,2 bilhões, um aumento de 2% em relação aos R$ 8,1 bilhões do 3T23. O desempenho foi impulsionado pela Rumo (+22%) e Moove (+9%), compensando a queda na Radar (-73%) e na Raízen (-2%).
• Dívida Bruta: Reduziu-se para R$ 24,2 bilhões (-7%), com amortizações alinhadas à estratégia de liability management. A alavancagem subiu para 2,9x, frente a 1,7x no 3T23, devido a maior consumo de caixa da Raízen e da Compass.
• Investimentos: A companhia investiu R$ 4,4 bilhões no trimestre (+19%), destacando-se a Rumo (+73%) e a Raízen (+4%). Compass e Radar reduziram investimentos em 39% e 51%, respectivamente.
• Receita Operacional Líquida: Cresceu em segmentos como Compass (+7% no volume de gás natural) e Moove (+2%), mas foi pressionada por menores volumes na Raízen, principalmente no segmento de combustíveis (-3%).
• Contribuição da Vale: Gerou um impacto positivo de R$ 534 milhões via equivalência patrimonial, representando um aumento de 39% em relação ao 3T23.
Apesar da redução no lucro líquido, a Cosan manteve sua estratégia de diversificação, priorizando eficiência operacional e gestão de portfólio. As iniciativas de expansão na Rumo, com maior volume transportado (+2%) e tarifas médias mais altas (+18%), compensaram parcialmente os desafios enfrentados em outros segmentos.
No médio prazo, a Cosan destacou o foco em energia renovável e logística, enquanto segue otimizando sua estrutura de capital. A empresa reafirma sua confiança no potencial de suas subsidiárias, apesar do cenário desafiador de juros altos e volatilidade econômica.