SELIC x IPCA x Dólar – Série histórica e conexões

Taxa Selic x IPCA x Dólar, qual é a correlação entre eles? O intuito desse texto é identificar o comportamento desses indicadores e observar o que aconteceu nas últimas duas décadas no Brasil. Com esses dados, certamente será possível tomar melhores decisões de investimentos tanto na renda fixa como variável.

Taxa SELIC x IPCA

A Taxa SELIC é o principal instrumento de política monetária para controlar a inflação. Nas últimas duas décadas temos observado a correlação direta desses dois indicadores, justamente pelo fato do Comitê de Política Monetária (COPOM) usar a SELIC para controlar o IPCA.

A primeira reunião do COPOM aconteceu em junho/1996, quando ainda era fixada a Taxa Básica do Banco Central (TBC). A meta da taxa SELIC passou a ser divulgada em 1999, tendo iniciado em estratosféricos 45% a.a, mas logo na sequência desceu ao patamar mais “tolerável” para a época (20% a.a).

Dessa forma, desde os anos 2000 nos acostumamos a ver a SELIC subir quando a inflação demonstrava sinais de descontrole, e reduzir quando o IPCA voltava próximo da meta. Essa situação fica bastante clara no gráfico a seguir:

SELIC x IPCA

Descasamento entre SELIC e Inflação

Dado o início da pandemia do coronavírus em 2020, em alguns momentos até esquecemos de alguns fatos da economia em 2019.

Perceba no gráfico anterior que a SELIC quase sempre “anda um pouco atrás” do IPCA, justamente para manter o controle da inflação. Essa lógica mudou já no final de 2019, e não após o início da pandemia.

No final de 2019 a inflação demonstrava alguns sinais de aceleração, ultrapassando a casa dos 4,00%, após experimentar valor abaixo de 3,00% alguns meses antes. Apesar disso, a SELIC continuava em queda, como demonstrado entre 2019 e 2020 no gráfico a seguir.

Selic x IPCA

Logo após essa aproximação entre SELIC e IPCA, tivemos o desencadeamento da pandemia no Brasil em março/2020 e consequentemente queda no consumo. No cenário internacional também houve expressiva queda do preço de commodities, especialmente do petróleo, fatores que colaboraram para arrefecimento da inflação.

Em meados de 2020, o IPCA ultrapassou a SELIC, para voltar a ser alcançado somente em meados de 2022. Ou seja, 2 anos de inflação fora do controle.

A manutenção da SELIC no patamar de 13,75% freou a inflação que caiu abaixo de 4% no segundo trimestre de 2023, esquentando a discussão sobre a queda da taxa de juros básica brasileira.

Taxa SELIC real x Dólar

Com a aproximação e até o cruzamento do IPCA com a SELIC chegamos aos menores níveis de taxa SELIC real da história. Apesar disso, como demonstrado anteriormente, esse não foi um movimento somente para estímulo da economia após o início da pandemia. Pelo contrário, já havia sido iniciado alguns anos antes, como demonstrado no gráfico a seguir:

Selic real x IPCA

Note que na primeira década deste século observamos taxa real em torno de 10% a.a., enquanto a partir de 2008 (crise do subprime) até 2017 passamos a flutuar em torno de 5% a.a. Após isso essa “taxa neutra” caiu abaixo de 5%, fato que prejudicou a situação de inflação no cenário nacional, conjugado com o aumento do petróleo, dificuldades na cadeia de suprimento e estouro do teto de gastos.

No final de 2022 e início de 2023, a SELIC real voltou a ultrapassar a casa dos 5% a.a., alcançando a expressiva taxa real de 10% a.a. Com isso a inflação foi controlada e abriu espaço para o COPOM reduzir a taxa SELIC na próxima reunião de agosto/2023.

No segundo semestre de 2023 iniciou o ciclo de baixa da SELIC. A discussão ficou bastante acirrada nos primeiros cortes, mas depois arrefeceu. A grande discussão é até onde o banco central pode chegar. Minha aposta? Vai reduzir 0,5% em cada reunião até chegar em 9,25%, pra fazer um último ajuste em 9,00%.

Motivo? Taxa de juros americana ainda deve perdurar por um certo tempo acima da média e cenário fiscal cada vez mais complicado no Brasil, o que deve abrir espaço para uma inflação um pouco acima da meta. Qualquer movimento abaixo de 9%, considerando essas premissas, seria assunção de risco pelo Banco Central.

Para o dólar, vejamos o gráfico a seguir que correlaciona o comportamento da taxa SELIC real versus o valor da moeda americana:

Selic x Dolar

Nota-se que desde o final de 2017 observamos um forte movimento de redução da taxa SELIC real (abaixo do patamar de 5% a.a.), enquanto o dólar escalou cerca de R$ 1,00. Apesar de existirem outros fatores para a desvalorização da moeda brasileira, certamente a alteração do curso da política monetária com a prática de taxas reais menores teve como efeito colateral o aumento da cotação do dólar.

Com a retomada do um ciclo de alta de juros da SELIC, a situação foi estabilizada especialmente com o fluxo de capital estrangeiro para o país. Apesar disso, o ciclo de baixa da SELIC deve desfavorecer o real, mesmo que nessa conta já esteja embutida os cortes de juros na economia americana.

Dólar x Inflação

Em um mundo globalizado é difícil imaginar qualquer movimento econômico que não tenha impacto no outro lado do planeta. A produção global está totalmente interligada. Diversos insumos da produção nacional são diretamente afetados pela taxa cambial.

Além da sazonalidade do preço dos alimentos, um importante causador de volatilidade inflacionária são os combustíveis derivados de petróleo. Eles impactam toda a cadeia produtiva, especialmente no Brasil, uma vez que temos uma matriz de transportes altamente dependente do transporte rodoviário.

Sendo assim, os solavancos da taxa cambial têm influência sobre a inflação, especialmente aqueles que são mais abruptos. Vejamos o comportamento do dólar e da inflação nas últimas 2 décadas no gráfico a seguir:

Dólar x IPCA

Ainda que os dados do dólar no gráfico não tenham levando em conta a inflação do Brasil x EUA (para definir a taxa de câmbio real), nesse gráfico pode-se observar alguns momentos em que o dólar sofreu forte aumento com efeitos colaterais na inflação.

Podemos destacar três momentos principais: 2002/2003, 2015/2016 e 2020/2021, ainda que nesse último caso, inicialmente, a inflação provavelmente tenha sido atenuada pela redução de demanda, mas na sequência logo colaborou para elevar a inflação.

Perspectivas

A inflação acima dos 2 dígitos perdeu força após um grande ciclo de alta da SELIC encerrado em 2022.

Os gráficos demonstram que a Taxa SELIC real voltou a ser positiva, acima da média da última década. Apesar disso, o ciclo de alta de juros em diversas economias mais maduras como EUA e zona do Euro exigirão patamares de juros mais elevados na economia brasileira por algum tempo.

Sendo assim, os dados indicam que:

Taxa SELIC

Deve chegar a 9,00% em setembro/2024, patamar onde o Banco Central deve “parar para olhar”. Esse patamar pode variar ligeiramente para cima ou para baixo, conforme desempenho da inflação e velocidade do corte de juros nos EUA.

Para saber mais sobre a Taxa SELIC e seu histórico, leia o texto sobre ela clicando aqui.

Dólar

Com os efeitos da COVID superados e a eleição ocorrida sem graves incidentes, o cenário se confirmou como menos volátil para 2023.

Em 2024, a queda da SELIC deve inverter o fluxo de capital estrangeiro na nossa renda fixa. Por outro lado, a agropecuária e exportação de petróleo devem amortecer essa saída de capital estrangeiro. Entretanto, o Brasil é aquele aluno nota 6,5… e vive pegando recuperação em matéria fiscal.

Apostas para 2024? O ano deve começar com o dólar em patamares abaixo de R$ 5,00, mas que não deve se sustentar por longo prazo. No segundo trimestre, com a redução da SELIC e prováveis derrapadas fiscais do governo já devemos ver a divisa americana superando os R$ 5,00, ficando na banda de R$ 5,00 a R$ 5,50 até o final do ano.

Inflação

Com o ciclo de baixa da SELIC e o possível aumento do dólar e petróleo no cenário internacional, dificilmente a inflação se manterá na meta. O mundo vai voltar a ficar líquido, e liquidez traz inflação. Dessa forma, o IPCA deve seguir para a casa dos 6 a 7% em 2024.

Série Histórica SELIC x IPCA x Dólar

Todas séries históricas utilizadas nesse texto estão disponíveis na tabela abaixo.

MêsSELICIPCADÓLAR
dez/2311,75%4,89
nov/2312,25%4,68%4,90
out/2312,75%4,82%5,08
set/2312,75%5,19%4,95
ago/2313,25%4,61%4,89
jul/2313,75%3,99%4,82
jun/2313,75%3,16%4,89
mai/2313,75%3,94%4,95
abr/2313,75%4,18%4,99
mar/2313,75%4,65%5,18
fev/2313,75%5,60%5,17
jan/2313,75%5,77%5,27
dez/2213,75%5,79%5,24
nov/2213,75%5,90%5,24
out/2213,75%6,47%5,27
set/2213,75%7,17%5,25
ago/2213,75%8,73%5,15
jul/2213,25%11,07%5,34
jun/2213,25%11,89%5,02
mai/2212,75%11,73%4,95
abr/2211,75%12,13%4,80
mar/2211,75%11,30%4,95
fev/2210,75%10,54%5,17
jan/229,25%10,38%5,49
dez/219,25%10,06%5,64
nov/217,75%10,74%5,54
out/217,75%10,67%5,55
set/216,25%10,25%5,31
ago/215,25%9,68%5,29
jul/214,25%8,99%5,13
jun/214,25%8,35%5,06
mai/213,50%8,06%5,34
abr/212,75%6,76%5,54
mar/212,75%6,10%5,66
fev/212,00%5,20%5,46
jan/212,00%4,56%5,32
dez/202,00%4,52%5,17
nov/202,00%4,31%5,50
out/202,00%3,92%5,65
set/202,00%3,14%5,44
ago/202,00%2,44%5,44
jul/202,25%2,31%5,28
jun/202,25%2,13%5,16
mai/203,00%1,88%5,62
abr/203,75%2,40%5,40
mar/203,75%3,30%4,85
fev/204,25%4,01%4,36
jan/204,50%4,19%4,15
dez/194,50%4,31%4,13
nov/195,00%3,27%4,12
out/195,00%2,54%4,08
set/195,50%2,89%4,11
ago/196,00%3,43%4,00
jul/196,50%3,22%3,80
jun/196,50%3,37%3,87
mai/196,50%4,66%4,02
abr/196,50%4,94%3,91
mar/196,50%4,58%3,88
fev/196,50%3,89%3,72
jan/196,50%3,78%3,77
dez/186,50%3,75%3,88
nov/186,50%4,05%3,81
out/186,50%4,56%3,82
set/186,50%4,53%4,09
ago/186,50%4,19%3,95
jul/186,50%4,48%3,82
jun/186,50%4,39%3,82
mai/186,50%2,86%3,64
abr/186,50%2,76%3,41
mar/186,50%2,68%3,28
fev/186,75%2,84%3,24
jan/187,00%2,86%3,22
dez/177,00%2,95%3,28
nov/177,50%2,80%3,27
out/177,50%2,70%3,21
set/178,25%2,54%3,14
ago/179,25%2,46%3,16
jul/179,25%2,71%3,22
jun/1710,25%3,00%3,28
mai/1711,25%3,60%3,26
abr/1711,25%4,08%3,15
mar/1712,25%4,57%3,13
fev/1712,25%4,76%3,10
jan/1713,00%5,35%3,20
dez/1613,75%6,29%3,37
nov/1614,00%6,99%3,34
out/1614,00%7,87%3,18
set/1614,25%8,48%3,27
ago/1614,25%8,97%3,20
jul/1614,25%8,74%3,28
jun/1614,25%8,84%3,41
mai/1614,25%9,32%3,55
abr/1614,25%9,28%3,57
mar/1614,25%9,39%3,78
fev/1614,25%10,36%3,96
jan/1614,25%10,71%4,07
dez/1514,25%10,67%3,88
nov/1514,25%10,48%3,81
out/1514,25%9,93%3,88
set/1514,25%9,49%3,93
ago/1514,25%9,53%3,55
jul/1514,25%9,56%3,26
jun/1513,75%8,89%3,12
mai/1513,25%8,47%3,08
abr/1513,25%8,17%3,04
mar/1512,75%8,13%3,08
fev/1512,25%7,70%2,79
jan/1512,25%7,14%2,64
dez/1411,75%6,41%2,65
nov/1411,25%6,56%2,54
out/1411,25%6,59%2,46
set/1411,00%6,75%2,35
ago/1411,00%6,51%2,27
jul/1411,00%6,50%2,24
jun/1411,00%6,52%2,24
mai/1411,00%6,37%2,22
abr/1411,00%6,28%2,24
mar/1410,75%6,15%2,31
fev/1410,75%5,68%2,38
jan/1410,50%5,59%2,39
dez/1310,00%5,91%2,35
nov/1310,00%5,77%2,29
out/139,50%5,84%2,19
set/139,00%5,86%2,29
ago/139,00%6,09%2,36
jul/138,50%6,27%2,25
jun/138,00%6,70%2,18
mai/138,00%6,50%2,07
abr/137,50%6,49%2,00
mar/137,25%6,59%1,98
fev/137,25%6,31%1,97
jan/137,25%6,15%2,02
dez/127,25%5,84%2,09
nov/127,25%5,53%2,08
out/127,25%5,45%2,03
set/127,50%5,28%2,03
ago/127,50%5,24%2,03
jul/128,00%5,20%2,02
jun/128,50%4,92%2,05
mai/128,50%4,99%2,01
abr/129,00%5,10%1,86
mar/129,75%5,24%1,77
fev/1210,50%5,85%1,72
jan/1210,50%6,22%1,80
dez/1111,00%6,50%1,83
nov/1111,50%6,64%1,81
out/1111,50%6,97%1,79
set/1112,00%7,31%1,77
ago/1112,50%7,23%1,60
jul/1112,50%6,87%1,56
jun/1112,25%6,71%1,59
mai/1112,00%6,55%1,61
abr/1112,00%6,51%1,59
mar/1111,75%6,30%1,66
fev/1111,25%6,01%1,67
jan/1111,25%5,99%1,67
dez/1010,75%5,91%1,69
nov/1010,75%5,63%1,71
out/1010,75%5,20%1,68
set/1010,75%4,70%1,72
ago/1010,75%4,49%1,76
jul/1010,75%4,60%1,78
jun/1010,25%4,84%1,82
mai/109,50%5,22%1,82
abr/109,50%5,26%1,76
mar/108,75%5,17%1,79
fev/108,75%4,83%1,84
jan/108,75%4,59%1,81
dez/098,75%4,31%1,75
nov/098,75%4,22%1,74
out/098,75%4,17%1,75
set/098,75%4,34%1,84
ago/098,75%4,36%1,86
jul/098,75%4,50%1,94
jun/099,25%4,80%1,97
mai/0910,25%5,20%2,08
abr/0910,25%5,53%2,24
mar/0911,25%5,61%2,33
fev/0912,75%5,90%2,32
jan/0912,75%5,84%2,28
dez/0813,75%5,90%2,45
nov/0813,75%6,39%2,28
out/0813,75%6,41%2,21
set/0813,75%6,25%1,80
ago/0813,00%6,17%1,60
jul/0813,00%6,37%1,59
jun/0812,25%6,06%1,62
mai/0811,75%5,58%1,66
abr/0811,75%5,04%1,70
mar/0811,25%4,73%1,71
fev/0811,25%4,61%1,72
jan/0811,25%4,56%1,78
dez/0711,25%4,46%1,79
nov/0711,25%4,19%1,80
out/0711,25%4,12%1,79
set/0711,25%4,15%1,90
ago/0711,50%4,18%2,00
jul/0711,50%3,74%1,89
jun/0712,00%3,69%1,94
mai/0712,50%3,18%1,98
abr/0712,50%3,00%2,04
mar/0712,75%2,96%2,09
fev/0713,00%3,02%2,11
jan/0713,00%2,99%2,14
dez/0613,25%3,14%2,15
nov/0613,25%3,02%2,17
out/0613,75%3,26%2,15
set/0614,25%3,70%2,18
ago/0614,25%3,84%2,16
jul/0614,75%3,97%2,19
jun/0615,25%4,03%2,24
mai/0615,75%4,23%2,23
abr/0615,75%4,63%2,13
mar/0616,50%5,32%2,17
fev/0617,25%5,51%2,17
jan/0617,25%5,70%2,28
dez/0518,00%5,69%2,28
nov/0518,50%6,22%2,21
out/0519,00%6,36%2,26
set/0519,50%6,04%2,29
ago/0519,75%6,02%2,36
jul/0519,75%6,57%2,42
jun/0519,75%7,27%2,42
mai/0519,75%8,05%2,45
abr/0519,50%8,07%2,59
mar/0519,25%7,54%2,69
fev/0518,75%7,39%2,60
jan/0518,25%7,41%2,67
dez/0417,75%7,60%2,73
nov/0417,25%7,24%2,79
out/0416,75%6,86%2,85
set/0416,25%6,70%2,90
ago/0416,00%7,18%3,00
jul/0416,00%6,81%3,04
jun/0416,00%6,06%3,13
mai/0416,00%5,15%3,09
abr/0416,00%5,26%2,92
mar/0416,25%5,89%2,90
fev/0416,50%6,69%2,95
jan/0416,50%7,71%2,87
dez/0316,50%9,30%2,90
nov/0317,50%11,02%2,91
out/0319,00%13,98%2,87
set/0320,00%15,14%2,93
ago/0322,00%15,07%3,00
jul/0324,50%15,43%2,90
jun/0326,00%16,57%2,90
mai/0326,50%17,24%2,97
abr/0326,50%16,77%3,12
mar/0326,50%16,57%3,45
fev/0326,50%15,85%3,57
jan/0325,50%14,47%3,46
dez/0225,00%12,53%3,62
nov/0222,00%10,93%3,60
out/0221,00%8,45%3,77
set/0218,00%7,93%3,48
ago/0218,00%7,46%3,15
jul/0218,00%7,51%3,22
jun/0218,50%7,66%2,70
mai/0218,50%7,77%2,46
abr/0218,50%7,98%2,31
mar/0218,50%7,75%2,35
fev/0218,75%7,51%2,41
jan/0219,00%7,62%2,37
dez/0119,00%7,67%2,39
nov/0119,00%7,61%2,56
out/0119,00%7,19%2,73
set/0119,00%6,46%2,69
ago/0119,00%6,41%2,51
jul/0119,00%7,05%2,46
jun/0118,25%7,35%2,38
mai/0116,75%7,04%2,29
abr/0116,25%6,61%2,22
mar/0115,75%6,44%2,10
fev/0115,25%6,27%2,01
jan/0115,25%5,92%1,96
dez/0015,75%5,97%1,97
nov/0016,50%5,99%1,94
out/0016,50%6,65%1,89
set/0016,50%7,77%1,84
ago/0016,50%7,86%1,81
jul/0016,50%7,06%1,80
jun/0017,50%6,51%1,81
mai/0018,50%6,47%1,83
abr/0018,50%6,77%1,78
mar/0018,50%6,92%1,74
fev/0019,00%7,86%1,78
jan/0019,00%8,85%1,82
Série Histórica SELIC x IPCA x Dólar

2 respostas

  1. Gostei do texto e das previsões, eu estava procurando uma relação entre o ipca e dólar e encontrei. Não arrisca em prever que devido à selic real ainda estar no campo negativo o dólar ainda pode avançar mais ou acha que o dólar está muito esticado? Parece um bom hedge ter dólar em momentos em que a selic real está muito baixa, mas ao mesmo tempo penso que o bom momento de comprar dólar é quando o ipca está controlado e a selic elevada e não consigo pensar que este é um bom momento de ter muitos investimentos em dólar.

    Att. Jeovan.

    1. Jeovan, obrigado pelo comentário. De fato eu também nunca achei essa comparação, por isso decidi escrever.
      Com o cenário de dez/21 em mãos, vejo que mesmo sabendo que a instabilidade política trará muita volatilidade em 2022, eu continuo operando vendido em dólar. Concordo com você que agora não parece ser um bom momento para comprar dólar. O BACEN tem reafirmado a sua independência e postura de austeridade na SELIC é um sinal positivo a favor do real. Será questão de tempo pra termos a SELIC na casa de 3 a 5% real. Vejo que em 2022 será o ano de consolidação do cenário “pós covid” isso também ajudará a reduzir incertezas. Somado a isso, vejo uma pressão internacional contra o aumento do preço do petróleo, isso também deve contribuir pra esfriar nossa inflação.
      Do lado negativo teremos eleições com provável número de cenários possíveis do que as anteriores, o que deve adicionar incertezas e aumento das taxas de juros e redução de estímulos nos EUA e Europa, que vai pressionar bastante o câmbio. Não acredito em irresponsabilidades fiscais, ainda que tenha sido ensaiado algo no final de 2021, não consideraria isso tão forte na direção do dólar, apenas volatilidade de curtíssimo prazo com alguns soluços e discursos atravessados.
      Por esses motivos acho que existe espaço pro dólar bater 5,00 ainda… embora, hoje, eu tenha alvo em torno de 5,30-5,40 para inverter posição pra comprado. Nesse casa dos 5,70, hoje, permaneço operando vendido.

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