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Este texto é uma parte do Resumo do Capítulo 4 do Guia da Certificação CP3P-P. Para conferir todas as partes do Capítulo 4 clique aqui.

O exame para certificação CP3P é aplicado pela APMG International. Clique aqui para saber mais.
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Atenção: Esta é uma adaptação de um trabalho original do ADB, BERD, BID, IsDB e WBG. As opiniões e opiniões expressas na adaptação são de responsabilidade exclusiva do autor da adaptação e não são endossadas pelas organizações acima. Se você desejar acessar todos os capítulos do guia original, clique nesse link aqui.

ADB, EBRD, IDB, IsDB, and WBG. 2016. The APMG Public-Private Partnership (PPP) Certification Guide. Washington, DC: World Bank Group. License: Creative Commons Attribution CC BY 3.0 IGO

7 Avaliação da Viabilidade Técnica – Assessing the Technical Feasibility

O desenvolvimento dos requisitos técnicos naturalmente busca a viabilidade da PPP. Entretanto, eles também possuem outros objetivos, tais como:

  • Organização das informações;
  • Aumentar a transparência;
  • Destacar riscos de projeto;
  • Fortalecer as bases para permitir a recomendação final mais adequada para esta fase (Avaliação e Preparação do Projeto).

Os critérios de viabilidade técnica devem abordar pelo menos as seguintes questões:

  • Os aspectos técnicos alcançam as necessidades identificadas nas fases iniciais?
  • A exequibilidade e custos dos aspectos de engenharia e arquitetura são factíveis?
  • A tecnologia proposta é factível e seus riscos podem ser alocados e gerenciados?
    • OBS: Recomenda-se não restringir as diversas opções de soluções e tecnologias que podem ser adotadas;
  • As descrições técnicas evitam riscos geotécnicos e outros riscos técnicos que possam ser insuportáveis?
  • As condições geotécnicas foram avaliadas em termos de impactos sobre os custos e tempo de execução do projeto?
  • O escopo do serviço é viável sob o aspecto regulatório?
  • O serviço pode ser especificado em termos de metas, objetivos e desempenho?

Se essas questões estão adequadamente cobertas, o projeto pode ser viável, caso contrário podem ser necessárias mudanças nas bases do projeto ou mesmo o cancelamento dele.

Alguns projetos naturalmente possuem grandes desafios técnicos, que por sua vez costumam ser acompanhados de riscos. A seguir uma lista de possíveis riscos relevantes:

  • Tecnologias complexas ou novas tecnologias;
  • Projetos que exigem inovações de engenharia ou estruturas complexas como túneis e pontes;
  • Condições geotécnicas incertas que podem impactar significativamente nos custos;
  • Projetos em áreas com riscos naturais em termos de clima ou terremotos;
  • Locais desconhecidos ou instalações muito antigas.

Quando os projetos envolverem algum desses riscos, recomenda-se:

  • Incluir especialistas da área no time de projeto;
  • Realizar avaliações de benchmark em projetos anteriores com riscos similares
  • Realizar pesquisa de interesse de mercado;
  • Incluir informações detalhadas no market sounding para receber feedback dos investidores potenciais.

Quando essas situações extraordinárias acontecerem é importante aprofundar os estudos para identificação do risco e expô-los claramente aos licitantes. Caso contrário, corre-se o risco de bons investidores não se interessarem e a licitação ser pouco competitiva.

Quando esses riscos extraordinários não puderem ser devidamente quantificados e descritos, a alocação deste ao governo pode ser uma solução.

Apesar disso, deve-se tomar cuidado para não retirar os incentivos de busca pelo bom desempenho dos entes privados.

Em última análise, a contratação de PPP nessas situações pode ser também considerada inviável.


Confira as 24 partes do capítulo 4 na lista abaixo:

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